As pessoas leem, mas não realmente veem o que vai além das palavras. Elas acham lindo as palavras tristes, formando-se em frases, mas não param pra pensar o que tantos parágrafos podem estar querendo dizer, e acham simplesmente maravilhoso e bonito.
Será que elas já sequer pararam pra pensar que por trás de tantas palavras existe alguém que está sofrendo, e que ela pode escrever as coisas, mas nao tem a coragem de fala-las e vive uma mentira por causa dessa covardia? Por trás de palavras vazias e tristes, existe também um coração vazio que as escreve.
Por trás desse mesmo coração, por vezes tão miserável, existe uma vontade louca, imensa, de se sentir mais feliz, de voar alto e pra longe, uma vontade de se decifrar.
O coração que está escrevendo aqui, agora, achava que se conhecia, e sabia que não estava completo, mas não se importava, porque isso é normal, ter sempre uma coisa faltando, um pedacinho. E agora, ele se vê sozinho, incompreendido, sem direção, totalmente perdido, como há tempos não se sentia.
“Look at me and tell me who I am,
Why I am - what I am.
Call me a fool and it's true - I am.
I don't know who I am.
It's such a shame,
I'm such a sham.
No one knows who I am.
Once there were sweet possibilities
I could see, just for me.
Now all my dreams are just memories,
Fated never to be.
Time's not a friend,
Hurrying by.
I wonder - who am I?”
(Jekyll and Hyde)
/Natália Nóbrega
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