segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Talvez eu realmente não sinta, só isso.

Todas as pessoas gostam de dizer que não se encaixam. Que não pertencem a lugar algum.
Bom, eu me encaixo, eu pertenço. Mas as vezes eu simplesmente deixo de pertencer e passo a ser de outro lugar.
Ontem foi aniversário do meu pai, ai eu fui pra casa dele. Desde de que ele e minha mãe separaram a gente se afastou bastante, sabe? Se bem que a gente foi de afastando de acordo com o que eu crescia, né.
Até aí tudo bem. Mas aí vem o fato de que eu tenho que relacionar com o resto da minha família, primos, avó, avô, tios... É aí que vem o problema.
Se do meu pai eu afastei, imagina deles? Olha, não é novidade que eu e minha irmã somos a parte excluída da família, minha mãe nunca quis aquela "amassação de barro" na casa da minha avó, como os meus outros primos, ela nunca quis que ficassemos dependentes deles, pra que assim eles não possam achar que podem interferir nas nossas vidas e nas nossas escolhas.
Enfim, como meus país se separaram aquela divisão ficou ainda maior e agora eu não considero eles parte da minha família. Não sinto obrigação em dar satisfação da minha vida à eles.
Quando minha avó pergunta algo eu respondo, mas por educação, apenas por isso. Não fico puxando assunto, não fico tentando agradar.
Nas férias meus avós viajaram e levaram os netos, ou seja, nem chamaram eu e minha irmã. Não fiquei mal por isso, eu não me importo, eu acho. Mas fiquei mal pela minha irmã, ela é nova e importa muito com eles, ela gosta de ver eles e tudo mais. Mas sei lá, hein.
Mais fácil é mandar todo mundo tomar no cu, hehe (:

É incrível como as coisas mudam.

Dias para trás me lembro bem de quando fiz prova para entrar no Colégio Militar.Nossa, minha mãe me esperando na grade e gritando : Pedro!Aqui,aqui!
E na volta, eu no microônibus contando que achei fácil a prova e que haveria de passar por isso.
Passei. No começo era tudo novo, entrar em forma, pedir cartão pra sair da sala, sinal para avisar término de aulas.Tudo era muito legal e interessante.
Minha inquietação lá era total, comecei a me envolver com as pessoas da sala e,como é de minha natureza,já conversava com todos, mesmo que não gostassem de mim.
Os anos se passaram e do vespertino passei para o matutino. Nunca havia estudado de manhã e acordar 5:30 se tornou minha rotina.
Passei da turma 'F' para o 'E' e agora havia mais gente nova para eu conhecer. De certa forma isso me motivou bastante.Mas uma coisa era intrigante:havia sempre algumas meninas,
que me pareciam tão metidas que minha curiosidade para conhecê-las e conversar com elas era realmente grande.
Chega um certo dia eu me encorajo em conversar com uma delas. Seu nome é Lorraynne. Minha concepção somente visual que tinha dela,era uma menina que agarrava o seu namorado na sala,
e que saía todos os FDS, mal dava moral para os chamados 'idiotas'. Tudo bem, detalhes a parte, o interessante é que eu tive coragem e tentei conversar com ela, pela internet.E num é que deu certo?
Dias vão, e incrivelmente Lorraynne vai na minha sala e me chama.
Eu meio sem saber o que tava acontecendo fui ao seu encontro. Quando chego perto ela me olha, abre um sorriso e diz : Oi Pedro!
Antes que eu falasse 'Oi' também, sou confortado com seu abraço. Pode parecer besteira, mas pra mim significou muita coisa.E desde já, percebi que ela era um pouco diferente do que eu pensava,ou seja,
que ela era uma pessoa totalmente diferente do que sua aparência me mostrava.
Até hoje, me questionam sobre Lorraynne.Perguntam : O que você tem com a Lorraynne?. Eu lhes respondo : Uma amizade diferente.
Eles ficam sem entender. Mas é mesmo estranho falar 'amizade diferente' porque não é aquela coisa de amiguinhos, entende? É tipo, eu estou aqui se precisar de mim, ou seja,
você sempre vai me ter pra você.É até engraçado, ela fica online o dia todo e eu também e nem trocamos palavras.Quando nos falamos é muito pouco, cerca de meia hora.
E tipo, apesar dessas todas coisas, eu não sinto aquela coisa de falar assim : Nossa a Lorraynne está distante de mim.
É como eu disse, é diferente. Só pra você ter uma noção, sempre falamos que estamos com saudade um do outro, mas nunca marcamos de nos ver. E assim, é uma coisa que não me fere
e também á ela não.
As vezes, como eu sou mais comunicativo que ela, penso que ela não merece tanta a minha atenção.Mas é engraçado, porque ela fala duas palavras e eu falo quinhentas e fica por isso mesmo.
Dizendo ela que temos regras onde na nossa conversa somente eu falo, e ela escuta.Mal sabe ela, que de suas poucas palavras tiro eu muitas conclusões.
Em final, o mais incrível é a nossa simplicidade. Me lembrei de um dia, em que estava eu no Flamboyant, e de repente tudo fica escuro. Era as mãos dela tapando meu olhos, das quais num pude perceber no primeiro momento.
Quando me viro, a cena do passado se repete. Ela diz : Oi Pedro!
Me dá um abraço, olha bem pra minha cara, vê que se eu estou bem, dá um sorriso e sai.
Sem complicações, Lorraynne se torna uma coisa essencial, como se fosse a água do dia a dia.
Ela está lá no seu filtro, você pode não bebê-la, mas se não a ver no seu filtro mais, irá sentir muita falta e entrará em pânico.
De uma menina que ao meu ver, era esnobe e metida, á minha amiga.Realmente as coisas mudam.






O Pedro disse que queria postar no meu blog, aí ele pegou e me mandou esse texto. Nossa, quando eu fui lendo, ai que lindo. Ele é uma das poucas amizades que eu tenho a plena certeza de ser sincera e uma amizade que eu gosto de conservar. (to ouvindo bat country - avenged sevenfold, música preferida dele e uma das minhas preferidas.) Adoro falar contigo, mesmo que seja só pra ver seus vídeos no guitar hero (:

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

It's over, baby!

Existem coisas nas quais não vale a pena investir. Se não deu certo, não deu. Não insista.
Correr atrás é cansativo e eu não nasci pra isso.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

por amor às causas perdidas...

tudo bem, até pode ser... que os dragões sejam moinhos de vento.

Não. Sim. Talvez. Não sei.
Ok, isto está ficando confuso, não tão confuso, mas é o tipo de bagunça que eu não gosto e preciso resolver. Só que eu tenho preguiça, medo e no final de tudo, sou muito rancorosa.
Claro que eu sou curiosa, claro que eu quero descobrir o que se passa. Mas eu me pergunto, será que vale mesmo a pena saber?
Todo ser humano tem medo, isso é óbvio. Bem, eu tenho medo de decepções. Essa história de esperar menos nunca funciona comigo, eu evito isso e quase sempre não preciso me preocupar, mas quando não da pra fugir... bom, ai é o problema, ai é aonde eu me assusto e faço planos e idéias, e crio coisas que nem sei, o que sobra é a decepção.
Por isso, que já me fez apanhar muito da vida, eu aprendi a segurar minha curiosidade. Mas até que ponto eu aguento? Não sei se aguento nem um segundo com esse drama todo.
Dar a cara a tapas e matar logo toda essa vontade de saber o que se passa?
Não, obrigada, dos dois jeitos eu saio perdendo, então que seja...