quarta-feira, 7 de abril de 2010

O vento frio vem sabe se lá da onde, entra frio pela minha janela, meio aberta.
Frio e cortante, congela as pontas dos meus dedos e do meu coração.
E como aquecer? Amor? Ora isso é uma bobagem.
Eu quero paixão, uma coisa temporária e forte.
Algo agitado, que me deixe tonta, que tire a minha respiração.
Uma paixão que tire o sufoco que afoga o meu coração e mesmo assim o deixa distante e inatingível.
Que por mais aquecida que eu esteja, a dor fria e cortante do vento, vem e me machuca, me congela, me impede de sentir esse calor que eu tanto anseio.
Eu gosto das incertezas da paixão, que vem por cima do vento frio como labaredas de fogo e aquecem não só o meu corpo, mas aquecem também todo o meu quarto, toda a minha casa.
Me consumindo aos poucos, me fazendo ficar cega e ver somente o que você quer que eu veja, corroendo as minhas vontades, me tornando escrava daquilo que você é e daquilo que eu quero ser, por você.
Não importa a dor que vem depois, o que importa é a mistura do calor e do frio, a mistura da paixão com todas as células e todas as partes vivas do meu ser.
É isso que eu quero, uma paixão pra tampar o frio superficialmente e por um tempo determinado.
Eu não quero o eterno, eu quero hoje e agora.
Eu quero você.

/Lorraynne Freitas.

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